A adesão de famílias de baixa renda ao programa Brasil Sem Miséria, do
governo federal, foi o tema central do discurso do vereador Anderson
Christofoletti no Plenário da Câmara na última segunda-feira, dia 10. Na sessão
ordinária, o parlamentar apresentou números, extraídos do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que remetem a análise mais
aprofundada.
O Brasil Sem Miséria
atende famílias com renda de R$ 70,00 por pessoa. Estas famílias devem estar
devidamente registradas no Cadastro Único do Município. Levantamento feito pelo
parlamentar aponta que em maio de 2013 Rio Claro contava com 10.531 famílias
registradas no cadastro municipal. Este número saltou para 11.550 em oito meses
– janeiro de 2014.
Com relação ao
número de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família, a variação no
mesmo período foi de 3.775 registros para 3.693, uma retração de 82 registros.
Ainda com relação
ao Bolsa Família, aponta o relatório do Brasil Sem Miséria, em 2012 o governo
federal identificou 203 crianças do Bolsa Família em 36 creches de Rio Claro.
Em razão disso, com o programa Brasil Carinhoso, o Ministério do
Desenvolvimento Social suplementou em R$ 112,9 mil o repasse para creches.
“O problema é que segundo o relatório, a
partir da análise das informações, foram verificadas inconsistências que levam
o Ministério da Educação (MEC) a colocar os recursos em diligência. Para que eles
sejam liberados, de acordo com o site do governo federal, o município precisava
sanar as divergências até 31 de dezembro de 2012”, detalhou.
O
que chama a atenção de Anderson Christofoletti, é que no ano seguinte, em 2013,
o município encaminhou pedido de suplementação ao sinalizar que haviam 420
crianças registradas no Bolsa Família, 217 a mais do que no ano anterior,
matriculadas em 37 creches. “Novamente, foram verificadas inconsistências que levaram
o MEC a colocar os recursos em diligência”, frisou o parlamentar.
Na
área da Educação, em 2012, leia-se cursos gratuitos, o parlamentar verificou
que Rio Claro utilizou apenas 95 vagas das 550 ofertadas pelo programa Pronatec
Brasil Sem Miséria.
Em
2013, houve um amento na ocupação de vaga e diminuição na oferta. “São números
que remetem a estudo e análises aprofundadas. É preciso apurar por que o
governo federal aponta com frequência tais inconsistências e o motivo pelo qual
os cursos gratuitos do Pronatec não chamam a atenção da nossa comunidade”, afirmou.
O Plano Brasil Sem
Miséria foi lançado em junho de 2011 com o desafio de superar a extrema pobreza
no país. Por meio dele é possível obter, através do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, um volume expressivo de recursos
financeiros para a construção de um plano municipal de superação da extrema
pobreza.
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