Anderson reunido com Marta Elena Reis, coordenadora de políticas sobre drogas e com o vice-presidente do Conselho de Pastores, Mac Man Rodrigues
O realinhamento das políticas públicas do governo
federal, ocorrido em 2012, voltadas à prevenção e combate às drogas está na
pauta do vereador Anderson Christofoletti. Com as alterações colocadas em
prática, o trabalho ficou concentrado na pasta da Saúde. A partir deste ponto,
programas foram desenvolvidos em todo o país.
Para o parlamentar, é indiscutível o esforço feito
pelo governo federal, através da Secretaria Nacional de Políticas Públicas, o
Senad, responsável por programas como Fé na Prevenção e Supera, bem como do
governo estadual que através da Coordenadoria de Políticas sobre Drogas, o
Coed, desenvolve o programa Recomeço que atua no auxílio às comunidades.
A indagação feita por Anderson Christofoletti
remete à análise dos efeitos práticos resultantes das políticas públicas com
viés da Saúde: o resultado obtido até o momento é satisfatório? Para o parlamentar,
mesmo que algumas batalhas tenham sido ganhas, a sociedade brasileira está
longe de vencer a guerra contra as drogas.
“Se o trabalho continuar nesta rota, vamos cada vez
mais gastar dinheiro através da Saúde sem alcançar o resultado desejado”,
avalia o vereador. A seu ver, é preciso interligar os ministérios e secretarias
de Estado e encarar a questão como um problema social. “Hoje, o clima de
insegurança toma conta do país. Muitos casos passam pelo uso ou tráfico de
drogas”, acrescentou.
Após viagens a Brasília e São Paulo, onde esteve
com representantes do Senad e Coed, Anderson entende os caminhos a serem
percorridos para trabalhar na prevenção às drogas: clínicas de recuperação;
comunidades e casas de passagem.
No caso das clínicas de recuperação, define o
parlamentar, seriam desenvolvidos programas na área de saúde pública e auxílio
médico.
Nas comunidades não se realizam auxílio médico. Os
trabalhos seriam realizados em parceria com os CAPs (Centro de Atenção
Psicossocial) com apoio familiar e espiritual voltados à inclusão social. “Não
se pode só concentrar na Saúde o problema da dependência química. Não existe
remédio cujo princípio ativo possibilita o resgate da dignidade social”,
explica. E, por fim, cita o vereador, as casas de passagem atuariam como os
prontos socorros da dependência química.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara de Rio Claro, a prevenção é o principal mecanismo para combater a
dependência química. Para tanto, afirma o vereador, é preciso a participação
dos pais e da escola para que o resgate da moral e da ética possa ocorrer.
Por fim, explica Anderson, o trabalho também
precisa ser voltado à recuperação da família do dependente químico. “As drogas
provocam estragos diversos em um ambiente familiar. Não atinge somente o
dependente”, completa.